Falar de jornalismo on-line implica, obviamente, falar da Internet e das transformações que a tecnologia provocou e provoca no jornalismo.De fato, não restam dúvidas de que os meios de comunicação tendem a aproveitar a evolução tecnológica. Essa realidade não é de hoje. A imprensa modificou-se com a rotativa, o off-set e os meios de paginação eletrônica. A televisão transformou-se com a melhoria dos sistemas televisivos e está a sofrendo grandes modificações com a interatividade, a alta definição, os sistemas digitais e a convergência com a informática e as telecomunicações. Portanto, não é de se estranhar que o aparecimento da Internet tenha gerado transformações no jornalismo. Essas transformações fizeram-se sentir, essencialmente, em dois níveis: em primeiro lugar, nas rotinas jornalísticas de produção de informação; e em segundo lugar, no produto jornalístico, em suas formas e formatos de difusão de informação. O jornalismo on-line não exterminou outros gêneros de jornalismo, mas requer modificações.
A Internet é, neste momento, o meio de comunicação que mais torna visível a convergência dos meios, ou seja, a integração dos mesmos num único suporte. Num futuro próximo, talvez este cenário se venha a materializar na televisão interativa, para onde também convergirá a Internet, mas por enquanto ainda não é assim, ou pelo menos a televisão interativa ainda não está suficientemente disseminada para que seja assim. A Internet, enquanto meio convergente, possibilita aos jornais a incorporação de recursos antes exclusivos das rádios e televisões, sem modificarem a sua essência, já que o texto mantém-se como o principal suporte da informação.
O jornalismo on-line e o aparecimento da Internet colocaram vários desafios e questões ao jornalismo, sendo as principais com relação à qualidade e aos valores éticos. É fato que a Internet facilitaria a vida do jornalista e do leitor com relação ao tempo de divulgação da informação, mas será que em alguns momentos isso não pode atrapalhar no momento da apuração? Com a cobrança cada vez maior pela instantaneidade de novas informações, pode haver um certo “desleixo” por parte dos repórteres ou mesmo impossibilidade para que eles dêem o melhor de si na produção da matéria. A questão ética preocupa ainda mais, visto que qualquer pessoa pode escrever textos ou produzir matérias, mesmo sem ser jornalista. Obviamente, tem um aspecto positivo nisso, pois boas contribuições sempre serão bem-vindas, porém não dá para sabermos ao certo se a produção é verídica e não há muitos meios para essa verificação, portanto a única forma é reforçar os grandes valores jornalísticos (Objetividade, verdade, constatação do problema ou situação, consulta ao maior número possível de fontes...) e estar o mais atento possível a tudo que se lê, checando sempre que possível as informações divulgadas.
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