Conforme as questões levantadas por Barbero, no texto “Comunicação Plural”, o Brasil é um país muito heterogêneo em termos culturais e mesmo com relação a recursos, portanto seria necessário uma reforma que trouxesse benefícios para o país de forma geral. A reforma terá que atender a todas as regiões de maneira igualitária, então seria necessário, antes de qualquer coisa, uma mudança no processo educacional.
A partir do momento em que houver melhora na qualidade da educação para todos, poderemos pensar numa mudança no sentido comunicacional.
Outros problemas que dificultam essa mudança são a globalização e o capitalismo exacerbado. A luta de classes e a eterna busca pelo TER é incentivada pela mídia todo o tempo e o que é de fato essencial não é pensado: como fazer a população pensar, refletir e analisar.
Todos esses problemas são conseqüências da má-distribuição de rendas gerada por uma sociedade que valoriza mais as posses que o conteúdo.
Enquanto não houver melhora na educação, não haverá evolução na distribuição de recursos e por conseqüência a sociedade continuará a moldar-se como exemplos bem-sucedidos e a ser consumista e alienada ao invés de reflexiva e contestadora tendo como base argumentos sólidos que só são adquiridos por meio de conhecimento e o conhecimento é proveniente da observação, da análise.
Para os governantes não é interessante a mudança desta realidade, visto que quanto mais alienadas, mais suscetíveis as pessoas estarão. Sendo assim, a mídia tem a responsabilidade de atuar de alguma maneira e o primeiro passo seria abolir totalmente o sensacionalismo e a visão elitista dos veículos (coisa nada fácil) para que seja possível melhorar a qualidade da programação veiculada e trazê-la ao alcance de todos.
Infelizmente a mídia hoje é um retrato da elite. Prova disso é que as programações de qualidade estão nos canais pagos, aos quais só têm acesso aqueles que possuem um poder aquisitivo médio ou alto.
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